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Midiatismo Rural
INSTITUO DE DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL E SOCIAL - IDAMS
Esta tecnologia consiste na inclusão digital de trabalhadores e trabalhadoras rurais, via oficinas praticas sobre Midiativismo, buscando disputar a narrativa em defesa da Amazônia, nas ruas, nas florestas, nas águas, nas redes sociais e nas ondas sonoras, através de cursos a à distância. ‘‘Não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes’’, assim nos ensinou Paulo Freire, que este ano completa cem anos e nos deixou um lindo legado. A Partir das trocas destes diferentes saberes pautados em sonhos, vozes, projetos, conhecimento e ancestralidade. Essa prática foi realizada em 10 municípios da Amazônia e, nessa continuidade, deverá ocorrer em mais 10 (dez) municípios do Estado do Pará. O Instituto IDAMS tem sido parceiro da CONTAG na execução dessa Tecnologia Social e essa relação tem se aprofundado uma vez que visamos difundi-la e multiplicá-la em toda a base rural de atendimento da CONTAG.
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Miolagem
Grupo de Valorização Negra do Cariri - GRUNEC
O Grupo de Valorização Negra do Cariri - GRUNEC é um movimento negro pioneiro da região do Cariri cearense. Constituído formalmente em 21/04/2001, tem como uma de suas principais co-fundadoras a família Neves Carvalho, nas pessoas de Verônica Carvalho, Valéria Carvalho e Luciano Carvalho, descendentes de um povo quilombola da comunidade chamada Saco dos Cansanção, localizada na zona rural da cidade Araripina no estado do Pernambuco. Foi nessa comunidade que, a partir de seu bisavô Raimundo, escravizado liberto, muitas gerações de sua família fizeram moradia após sair do Estado do Piauí. A vinda da sua família para o Cariri, já marcada por uma história de retirantes, se deu com a partida do avô Fernando que fugia da seca da época, com destino ao Crato, local já reconhecido naquela época pela sua chapada verde e fontes d’água. Foi nesse contexto afrodiaspórico de reterritorialização não só geográfica, mas sobretudo identitária e cultural, de uma família descendente de quilombolas, que o GRUNEC adotou como tecnologia social em suas ações a "Miolagem", termo oriundo da expressão popular nordestina "miolo de pote". Para o GRUNEC, as co-fundadoras supracitadas sempre explicaram que seu avô dizia que o pote sempre vai ser cheio de alguma coisa, seja cheio de água ou, na sua ausência, cheio de ar, nunca vai ser algo vazio, como também por ser composto por barro - terra -, pois a sua essência também está em seu miolo, o “miolo do pote”, formado pelos compostos naturais essenciais à vida em sua dimensão (terra, água e ar). Na região Nordeste, "miolo de pote" é um termo popular usado para dizer que a conversa não tem fundamento, é algo sem importância. Contudo, "miolar" para o GRUNEC, a partir de um ensinamento ancestral passado há gerações, ressignifica o sentido comum para reafirmar que a fala de uma pessoa sempre vai guardar algo essencial dentro de si. Partindo desse aprendizado, o GRUNEC pratica a "miolagem" como sendo rodas de conversas que, podem até surgir de forma aleatória, mas nunca será vazia de sentido, respeitando o direito de falar, de expressar o que se sente, de ouvir e ser ouvido, já que todo mundo tem algo a contar de forma socioculturalmente situada com a sua realidade. Para as pessoas negras, que por muito tempo foram silenciadas, a dialogicidade é um aspecto fundamental para nossa existência e resistência enquanto povo em constante diáspora (difundir na dispersão). Essa é a razão de ser da tecnologia social da "miolagem" e guarda consigo os valores civilizatórios africanos da ancestralidade, oralidade, circularidade, Axé, espiritualidade, energia vital, ligação com a natureza, memória, solidariedade/ cooperação/comunitarismo, corporeidade, ludicidade e musicalidade. As ações do GRUNEC se materializam na "miolagem" por meio dos eventos em formato de roda de conversa, geralmente em um ambiente aberto, em contato com a natureza, com abertura para falas e reflexões mais abertas, sem roteiro pré-estabelecido. A "miolagem" já vem sendo reconhecida como tecnologia social e já foi utilizada em diversas ações e eventos do GRUNEC e outras instituições e movimentos.
Temas: Educação Ver mais
No Palco Da Vida
Instituto Cultural No Palco da Vida
O Instituto Cultural No Palco da Vida é um projeto que possibilita que crianças, adolescentes e adultos se desenvolvam através da arte e educação. Criado pelo ator e diretor Wal Schneider, que ao realizar seu sonho como ator no Rio de Janeiro, quando saiu do interior do Ceará em cima de um caminhão de Melão e com apenas R$ 25,00 no bolso e ao realizar seu sonho, queria que outras pessoas tocassem seus sonhos. Nesses 16 anos o projeto vem fazendo história no bairro de Olaria, se tornando a 1ª Escola de Artes da região da Leopoldina – Rio de Janeiro. Mais de 7 mil alunos entre crianças, adolescentes, adultos e pessoas com necessidades especiais tiveram acesso gratuito às oficinas de artes integradas (Teatro, dança, musicalidade e incentivo à leitura), capacitando-os para o palco da vida real e elevando a autoestima. Além de formar plateia de 300 pessoas mensalmente em eventos, o projeto tem uma rica biblioteca com mais de 20 mil livros e um dos acervos mais importantes do Brasil; revistas e programas antigos do teatro brasileiro, quadros de artes e objetos que contam a história do Teatro Brasileiro. Oferecemos passeios culturais a locais da cidade do Rio de Janeiro (cinemas, museus, bibliotecas, teatros como o Centro Cultural Banco do Brasil e instituições culturais), realizados mensalmente com o objetivo de aprofundar o conhecimento e ampliar a visão de cultura, sociedade e cidadania. Ao final de cada dois semestres realizamos uma montagem artística com os alunos, fazendo com que usem a experiência na vida artística ou outras profissões.
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Associação Quero Na Escola
Quero na Escola
A Quero na Escola constrói pontes entre escolas e outros setores da sociedade que resultam rapidamente em ações efetivas dentro das próprias escolas ou dos projetos de estudantes. A partir de grandes temas e de metodologias de escuta e empatia, elaboramos projetos que se tornam canais convidativos para professores e estudantes nomearem suas necessidades. Com as demandas específicas mapeadas, sensibilizamos a sociedade como um todo para o tema e engajamos pessoas que entendam da temática e queiram participar apoiando uma escola ou grupo. Por fim, organizamos ações que se alinham a cada projeto e atendem a solicitações genuínas de cada território.
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Laboratório Público De Fabricação Digital (Fab Lab)
Instituto de Tecnologia Social (ITS)
O Fab Lab como Laboratório de Fabricação Digital é um espaço público que disponibiliza ferramentas de fabricação digital para os cidadãos. Através de oficinas, workshops e eventos, o Laboratório promove a criatividade, a inovação e o empreendedorismo, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico da comunidade/cidade. O Laboratório de Fabricação Digital apresenta os seguintes aspectos de tecnologia social, em consonância com as quatro dimensões da Tecnologia Social: a. Conhecimento, ciência e tecnologia: O Laboratório de Fabricação Digital introduz inovação na comunidade/cidade, disponibilizando ferramentas de fabricação digital que permitem aos cidadãos desenvolver soluções para problemas sociais. b. Participação, cidadania e democracia: O Laboratório de Fabricação Digital adota metodologias participativas e democráticas na direção do espaço e nos processos de trabalho, promovendo a inclusão e a participação de todos os cidadãos, independentemente de classe social, raça, gênero ou idade. c. Educação: O Laboratório de Fabricação Digital promove a educação conscientizadora que questiona os fundamentos da ciência e sua ações, enquanto emancipadora da humanidade, que questiona a criação e uso da tecnológica, capacitando os cidadãos a utilizar as ferramentas de fabricação digital para desenvolver suas ideias e projetos. d. Relevância social: O Laboratório de Fabricação Digital contribui para a transformação social, promovendo a criatividade, a inovação e o empreendedorismo. Especificamente, o Laboratório de Fabricação Digital apresenta os seguintes impactos sociais: Promoção da criatividade e inovação: O Laboratório de Fabricação Digital estimula a criatividade e a inovação, capacitando os cidadãos a desenvolver soluções para problemas sociais, como a falta de acesso à educação, à saúde e à moradia. Incentivo ao empreendedorismo: O Laboratório de Fabricação Digital incentiva o empreendedorismo, oferecendo aos cidadãos as ferramentas e o conhecimento necessários para criar seus próprios negócios, gerando renda e oportunidades de emprego. Fortalecimento da comunidade: O Laboratório de Fabricação Digital fortalece a comunidade, proporcionando um espaço de encontro e troca de experiências, promovendo a inclusão e a participação social. O Laboratório de Fabricação Digital é uma tecnologia social que contribui para a transformação social de São Paulo. Através da democratização do acesso às tecnologias de fabricação digital, o Laboratório promove a criatividade, a inovação e o empreendedorismo, possibilitando aos cidadãos transformar suas ideias em realidade.
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Recomposição Da Aprendizagem No Contexto Pós-Pandemia
Secretaria Municipal de Educação de Novo Santo Antônio
Se em tempos normais, a garantia do direito a uma educação com qualidade socialmente referenciada apresenta-se como um desafio histórico e resistente na realidade brasileira, diante das condições impostas pela pandemia de Covid-19, a sua efetivação tornou-se ainda mais complexa, ampliando as desigualdades educacionais e afetando, principalmente os estudantes das regiões brasileiras mais pobres, entre elas o Semiárido, onde se localiza o município de Novo Santo Antônio. Foi diante desta realidade dilemática, que a Secretaria Municipal de Educação de Novo Santo Antônio, vem desenvolvendo desde novembro de 2021 o Programa de Aprendizagem Complementar (PAC), que tem como propósito de desenvolver ações de recomposição da aprendizagem visando a garantia do direito de aprender de cada estudante. A partir da valorização do conhecimento escolar, trabalhado em estreita articulação com os saberes da família e da comunidade, as ações de recompoisção da aprendizagem proposta pelo PAC estimulam o desenvolvimento de competências cognitivas, físicas, sociais, culturais e emocionais. O Programa de Aprendizagem Complementar (PAC) utiliza como principal tecnologia social a recomposição de aprendizagem, um conjunto de estratégias pedagógicas para lidar com a defasagem de aprendizagem gerada pelo distanciamento social, incluindo ações de acolhimento emocional, ampliação do tempo escolar através da adoção de jornada ampliada, priorização curricular, estratégias avaliativas, adaptação das práticas pedagógicas, formação de professores, acesso a materiais didáticos adequados, entre outras. A respeito desta tecnologia social e suas formas de implementação, Hickmann et al (2022), afirmam que não se trata de uma ação restrita ao cenário brasileiro, mas sim um fenômeno global em que diversos países e redes de ensino estão se reinventando para atuar nesse cenário desafiador, cujos impactos negativos para a aprendizagem serão sentido por muitos anos, não existindo um modelo único relacionado as formas de recompor aprendizagem mas sim, modelos elaborados de acordo com o aparato pedagógico disponível em cada lugar. O modelo proposto pela Secretaria Municipal de Educação de Novo Santo Antônio agrega ações educativas fundamentadas numa perspectiva de educação integral, valorizando novos atores e novos locais no cenário educativo, promovendo a participação das famílias e a interação com a comunidade, oferecendo aos estudantes oportunidades capazes de enriquecer as aprendizagens, construindo uma noção de cidadania que ultrapassa os limites da escola.
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Ecoturismo De Base Comunitária "Expedições Ao Seringal Novo Encanto"
Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico
A tecnologia social - Ecoturismo de Base Comunitária "Expedição ao Seringal Novo Encanto" é uma atividade que realizamos desde 2006 e já contamos com 30 edições. Essas expedições objetivam preservar os 3.000 hectares do Seringal Novo Encanto no município de Lábrea/AM. Encontramos no ecoturismo de base comunitária uma forma de arrecadar recursos para cuidar da floresta ao mesmo tempo que criamos oportunidades de conscientização socioambiental, integração e alternativas de renda para a comunidade local. Realizamos expedições de 5 dias com caminhadas na floresta e vivências do modo de vida seringueiro realizadas por comunitários como seringueiros, mateiros e raizeiras.
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Escola De Culinária Pimenta Do Reino
Cáritas Arquidiocesana de Teresina
A tecnologia social está pautada na metodologia de inserção de pessoas no mercado de trabalho seja formal e/ou pelas vias do empreendedorismo. É desenvolvido estratégias para potencializar e aumentar as oportunidades de emprego e renda. Para isso, é ofertado a qualificação na área da gastronomia. Logo após o processo formativo, as pessoas são acompanhados pelo profissional chamado "agente de inserção" que articula com a rede de empresários locais do ramo da culinária, parceiros, instituições públicas e outros, com o intuito de mobilizá-los quanto aos benefícios de empregar os alunos qualificados pela Escola de Culinária, bem como, são orientados, apoiados e instruídos a terem seu negócio próprio, com a perspectiva de reduzir as vulnerabilidades socioeconômicas e a transformarem suas vidas. Temos os seguintes índices de 80% de pessoas qualificadas e 70% de pessoas inseridas no mercado de trabalho.
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Orumbya
Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata (ORTC)
OruMbya (Orum, céu em Yorubá, e Mbya, etnia indígena Guarani) é um projeto de astronomia que promove atividades científico-culturais focadas na difusão do conhecimento, na inclusão social e no desenvolvimento sustentável. As atividades destinam-se ao ensino de astronomia nas culturas, abordagem da astrofísica a partir de valores étnicos-culturais (afro-indígenas). A Organização Remanescentes da Tia Ciata (ORTC) realiza as atividades na sede do Observatório do Valongo (OV), uma das mais antigas instituições da Astronomia no Brasil. A sede do OV fica no Morro da Conceição, local de resistência e reafirmação da identidade negra e uma das regiões mais vulneráveis socialmente do Rio de Janeiro.
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Band’erê - Formação Artística, Musical E Cidadã De Crianças E Jovens Para Inclusão Social E Enfrentamento Do Racismo Estrutural
Associação Cultural Ilê Aiyê
A tecnologia social da Escola Band’Erê, desenvolvida e aplicada pelo bloco afro Ilê Aiyê desde 1992, é um programa de qualificação que vai muito além da formação artística e musical, preparando crianças e jovens de 8 a 17 anos para a vida, em suas mais diversas esferas: política, econômica e social, sempre com base na perspectiva de uma educação antirracista e de ensino e difusão da cultura negra. Vale ressaltar que em 2024 o Ilê Aiyê comemora 50 anos, destacando que o governo da Bahia autorizou o início do processo de patrimonialização da Noite da Beleza Negra - concurso que valoriza a inteligência e a estética da mulher negra (realizado há 43 anos pelo bloco) - como bem cultural imaterial.
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