Objetivo
O Projeto Banco de Alimentos tem como objetivo distribuir hortigranjeiros doados por atacadistas e produtores rurais da Ceasa/PR, em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. Estes alimentos, embora tenham perdido valor comercial, são aptos para consumo. A iniciativa reduz desperdícios e promove o acesso à alimentação saudável a pessoas em insegurança alimentar e atendidas por instituições sociais.
Problema Solucionado
Em seu início, o projeto considerou o desperdício gerado pelos hortifrutigranjeiros descartados na CEASA/PR. Mesmo que tais alimentos ainda estivessem em condições de consumo, muitas vezes acabavam poluindo o ambiente da Ceasa e sendo descartados incorretamente. Alimentos que poderiam atender a demanda da parcela populacional que está em situação de insegurança alimentar. Além disso, algumas pessoas em situação de vulnerabilidade iam até os produtores solicitar doações de alimentos que seriam descartados, se expondo aos riscos da ingestão de alimentos estragados. Recentemente, viu-se a oportunidade de promover o trabalho digno para os monitorados em remissão de pena, os quais sofrem com o preconceito durante sua ressocialização.
Descrição
O Projeto Banco de Alimentos funciona a partir da doação de hortifrutigranjeiros por parte dos permissionários e produtores rurais que comercializam seus produtos na Ceasa. Também conta com a doação de empresas da região e eventos, nos quais a comunidade doa alimentos, leite e produtos de higiene. Além disso, produtos irregulares que seriam comercializados na Ceasa e são apreendidos, podem ser liberados com a consequência de ceder 50% da carga ao Banco de Alimentos.
Tudo o que é recebido pelo Banco de Alimentos passa por uma rigorosa seleção, o processamento é realizado em uma cozinha industrial adaptada cumprindo todas as normas da Anvisa, na qual é feita a limpeza dos produtos e, em alguns casos, processamentos mínimos como corte, trituração e embalagem a vácuo.
Após isso, os alimentos são armazenados adequadamente para poderem ser distribuídos. Nestes processos de seleção, processamento e armazenamento, a mão de obra provém de convênio com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), na qual monitorados em remissão de pena trabalham de forma remunerada para o projeto. O projeto Banco de Alimentos - Comida Boa é subdividido nas etapas de: recolhimento e seleção dos hortifrutigranjeiros; processamento mínimo e armazenamento; distribuição para famílias e entidades cadastradas.
A primeira etapa, recolhimento e seleção dos hortifrutigranjeiros, acontece com a doação dos produtores rurais de seus produtos que não serão comercializados, uma equipe do projeto recolhe todos esses produtos e confere o que está em condições de consumo.
Na segunda etapa, processamento mínimo e armazenamento, os hortifrutigranjeiros são higienizados adequadamente e partem para os processamentos na cozinha industrial, como corte, produção de polpas e geleias, e empacotamento a vácuo, então são armazenados em freezers enquanto aguardam a distribuição.
Por fim, a etapa de distribuição é realizada conforme a demanda de entidades, famílias, ou até mesmo eventos pontuais, como catástrofes naturais, a equipe administrativa controla esta etapa e conta com auxílio do Estado para a distribuição.
O Projeto Banco de Alimentos - Comida Boa é realizado desde 2007 nas Centrais de Abastecimento do Paraná S.A (CEASA/PR). A interação da organização com a comunidade funciona junto aos programas sociais (CRAS), e participação em eventos de arrecadação, e reinserção dos apenados na comunidade, mas a comunidade não participa da tomada de decisão por ser ligado a órgãos governamentais, apenas conta com a participação ativa dos produtores que doam espontaneamente seus produtos.
Em 2022, o número de famílias beneficiadas chegou a 3.099 e o número de apenados que já passaram pelo projeto e hoje se encontram inseridos no mercado de trabalho já passa de 68%.
Recursos Necessários
O projeto Banco de Alimentos - Comida Boa necessita de uma cozinha industrial certificada pelos órgãos de vigilância sanitária, que possua locais de higienização dos hortifrutigranjeiros, balcões e instrumentos de corte e mínimo processamento dos alimentos, além de freezers para armazenamento dos produtos enquanto aguardam sua distribuição.
Também, é preciso agrupar produtores rurais para facilitar a logística de recebimento desses hortifrutigranjeiros em condições de consumo e a mão de obra, necessária para realização do processamento dos alimentos e para a parte burocrática de distribuição às entidades e famílias atendidas.
O projeto Banco de Alimentos - Comida Boa, conta com a parceria de programas do estado como o Compra Direta, no qual o Estado compra produtos alimentícios de cooperativas estaduais e destina a pessoas em insegurança alimentar. Os permissionários e produtores rurais que atuam na CEASA/PR também são fundamentais para o projeto, pois realizam as doações de hortifrutigranjeiros ou autorizam o recolhimento dos produtos que não serão comercializados.
Além disso, o programa tem algumas parcerias de capacitação para os monitorados que atuam no projeto, essas parcerias promovem oficinas profissionalizantes para os trabalhadores, gerando mais oportunidade de renda para esta população.
A implantação de uma unidade de Tecnologia Social envolve uma equipe multidisciplinar e recursos humanos especializados para garantir o sucesso do projeto. A seguir, relaciono os recursos humanos típicos necessários para implementar uma unidade de Tecnologia Social:
1. Gestor de Projeto
2. Especialistas Técnicos
3. Equipe de Pesquisa e Desenvolvimento
4. Educadores e Instrutores
5. Assistentes Sociais
6. Profissionais de Saúde
7. Gestores de Voluntários
8. Especialistas em Captação de Recursos
9. Equipe de Comunicação e Marketing
10.Apoio Administrativo e Financeiro
11. Equipe de Monitoramento e Avaliação
12. Voluntários e Membros da Comunidade
Resultados Alcançados
Com a implementação dos Bancos de Alimentos e projeto de modernização através do aproveitamento integral de alimentos minimamente processados, a instituição ampliou o volume arrecadado em mais de 100 % e estendeu o atendimento a famílias / indivíduos e instituições sociais que estavam em situação de insegurança alimentar.
VOLUME ARRECADADO E DISTRIBUÍDO ANO 2022 EM TONELADAS:
CURITIBA: 2. 974, 152
MARINGÁ: 899, 280
LONDRINA: 461,812
FOZ DO IGUAÇU: 399,611
TOTAL: 5.875,877 toneladas.
NÚMEROS DE PESSOAS ATENDIDAS ANO 2022:
CURITIBA: 884.836
CASCAVEL: 271.613
MARINGÁ: 61.140
LONDRINA: 330.285
FOZ DO IGUAÇU: 39.363
TOTAL: 1.587.237 pessoas.
NÚMERO DE ENTIDADES SOCIAIS BENEFICIADAS NO ANO 2022 NO ESTADO DO PARANÁ:
CURITIBA: 1.578
CASCAVEL: 828
MARINGÁ: 432
LONDRINA: 504
FOZ DO IGUAÇU: 545
TOTAL: 3.887 entidades
56 % de pessoas atendidas se localizam na grande Curitiba, correspondendo 884.836 mil pessoas sendo atingidas diretamente pelo projeto.
O Município de Curitiba corresponde a 41 % das instituições atendidas em nosso Estado, tendo uma abrangência de 17 municípios da região Metropolitana .
O Projeto Banco de Alimentos - Comida Boa, também atende 275 famílias por domicílio em situação de vulnerabilidade social , econômica e situação de insegurança alimentar e nutricional localizadas em 23 bairros de Curitiba e três municípios da Região Metropolitana. As famílias possuem uma renda familiar de em média de R $871,00 reais ( oitocentos e setenta e um ) reais por domicílio. Das famílias atendidas pelo projeto 112 estão dentro do território do Tatuquara e 22 famílias no Campo do Santana, conforme tabela .
Público atendido
Famílias de Baixa Renda
População em Situação de Rua
População Carcerária
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