Problema Solucionado
Com base em dados da ONU Habitat, 104 milhões de pessoas que vivem em áreas urbanas, vivem em assentamentos informais (precários), ou seja, 1 em cada 5 latinos americanos não tem residência própria nas cidades da região e vivem de forma irregular. Com 80% de sua população vivendo em cidades, a América Latina é a região mais urbanizada e desigual do mundo: estima-se que na América Latina e no Caribe há 26.000 Assentamentos Informais (AI).
Os AI’s formam uma realidade que faz parte de um contexto sócio, territorial, étnico, cultural, político e econômico. Eles constituem uma realidade completa da região que interpela e enfrenta junto com as communidades locais as demandas e lutas por direitos transversais de cidadania como: acesso a serviços básicos, saúde, educação, uso de espaços públicos, habitação. São um fenômeno dinâmico na região. Indiferença e ignorância sobre a sua localização e características internas são uma constante. Frente à omissão, para o TECHO é necessário para produzir informações atualizadas e torná-las disponíveis para a tomada de decisões institucionais, envolvendo toda a sociedade para que juntos possam gerar soluções concretas para o problema.
Descrição
A implementação do Monitor conta com duas fases principais. Primeiro realiza-se um levantamento no terreno chamado cadastro, no qual envolve a criação de um plano estratégico e territorial para levantar informação sobre as comunidades em que o TECHO intervém.
Na mesma fase também selecionam – se as comunidades onde o TECHO quer levantar informações, junto com provas piloto. Depois do processo de identificação da comunidade e do terreno, levanta-se a informação. Finalmente, os dados revelados são analisados para obter uma interpretação correta e mais próxima á realidade das comunidades.
Na segunda fase realiza-se o chamado levantamento dos requisitos, uma seleção de dados a consultar e apresentar no “Mapa de Consulta”. Pelo mesmo levantamento prepara-se um desenho de Front-end (o que será visualizado na web pelo usuário), além do desenvolvimento de uma “Plataforma de carga e de consolidação” dos dados utilizando o programa KOBOTOOLBOX e de um Webservice de comunicação na mesma plataforma. Por meio destes programas forma o Monitor, no qual se inserem os dados retirados pelo cadastro, e que podem ser utilizados pelo TECHO, seus sócios e associados, governos, prefeituras e a própria comunidade, para interpretar as necessidades mais urgentes destas últimas. Todos os agentes mencionados têm a oportunidade de gerar redes de cooperação com o objetivo de articular o trabalho em conjunto e acordos que liguem as comunidades semelhantes.
Recursos Necessários
Para que a tecnologia é necessária:
- Meio de Tranporte: aluguel de carros / ônibus, gasolina, passagem.
- Materiais: papel, fotocópias, comida, relatórios.
- Serviços e tecnologia: telefones, telefones celulares, computadores, licenças de software (SPSS).
- Remuneração: do coordenador no país e do coordenador de logística.
Resultados Alcançados
O Monitor da pobreza e desigualdade latinoamericana traz informação para visualizar uma problemática que é de toda a comunidade da região. Como é de todos e todas, também trará benefícios diretos para públicos que ajudam a região a medir os avanços sobre o progresso dos objetivos do desenvolvimento sustentável 1 e 10.
O Cadastro, que é a primeira fase da tecnologia, até agora, já foi desenvolvida na Argentina Argentina (2016; 2434 AI), Chile (2016, 660 AI), Guatemala (2016; 314 AI), Paraguai (2016, 405 AI), Colombia (2015; 125 AI), Venezuela (2015, 405 AI), Costa Rica (2013; 394 AI), Nicarágua (2013; 402 AI) e Uruguai (2010; 566 AI). Por sua vez, a plataforma on-line, ou seja, o Monitor foi desenvolvido no Chile, Paraguai, Argentina e Colômbia.
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