Problema Solucionado
A região da Bacia do Rio Aribiri engloba 22 (vinte e dois) bairros e 75 (setenta e cinco) mil habitantes, sendo aproximadamente 95% destes bairros cortados pelo Rio Aribiri, que outrora, já foi uma das principais opções de lazer e de geração de renda dos moradores. Com o processo de crescimento desordenado, representado pela pressão de projetos economicistas, deficiência no sistema de esgotamento sanitário e carência de ações voltadas à gestão participativa e à educação ambiental, o Rio Aribiri vem perdendo suas características. Os moradores nas diferentes comunidades da região se movimentou para minimizar esses impactos e algumas ações foram realizadas, como a iniciativa da implementação do Banco Comunitário Verde Vida. O Banco Comunitário Verde Vida é um instrumento de integração e possibilidade de tornar tangíveis as várias iniciativas comunitárias, porém, de forma inovadora e emancipatória, já que as decisões para o investimento comunitário são definidas no Fórum de forma coletiva. O Banco Verde Vida possibilita a conscientização ambiental, o consumo sustentável e a inclusão social através da Troca Solidária, em que é possível conciliar sustentabilidade e geração de renda.
Descrição
O Banco Comunitário Verde Vida foi constituído através do desenvolvimento local baseado na Economia Solidária. A ideia inicial de implementação do projeto foi através de um trabalho comunitário já desenvolvido na comunidade, que trabalhava com a promoção humana. A partir de uma auto avaliação, foi pensado que o molde deste trabalho não promovia dignamente as pessoas, pois o trabalho estava mais voltado à caridade. Através das parcerias já estabelecidas com empresas locais e entidades sem fins lucrativos, juntamente com a comunidade, surgiu a proposta da moeda de troca. A problemática ambiental foi o disparador da ideia de utilizar a sustentabilidade e a reciclagem como base desta moeda de troca, estruturado como Banco Comunitário de Desenvolvimento, que foi inspirado em iniciativas de Economia Solidária apesar da troca dos resíduos ser pioneira nesta área. Através de doações da comunidade e algumas empresas locais, o lastro da moeda foi estruturado, sendo possível iniciar a utilização da moeda social, intitulada pela comunidade de "Moeda Verde". A mobilização comunitária foi feita através de reuniões, seminários e conferências apoiado pela entidade de assessoria e fomento Movimento Vida Nova Vila Velha - MOVIVE. Paralelamente à mobilização, conseguimos um espaço cedido pela entidade Nossa Casa Senhora de Lourdes para atuarmos durante o período de um ano. Após esse período, adquirimos um espaço próprio alugado, com contrato por 6 anos. Anteriormente, éramos informais, porém, no ano de 2011, conseguimos a legalidade através da criação do Instituto Verde Vida, custeado pela parceria com a Vale.
Recursos Necessários
O recursos materiais necessários para a implementação do Banco Comunitários são os seguintes: Primeiro passo: fazer um diagnóstico junto com a comunidade para ver se é viável a construção do banco; Segundo passo: É necessário que tenha uma entidade formal para dar abrigo jurídico ao banco; Terceiro passo: Encontrar o local para a implementação do banco e comprar equipamentos usados nas atividades - Estrutura física: Uma área de no mínimo 300m², uma sala para o Supermercado Solidário juntamente com o escritório de 200m², uma cozinha de 9m² e um banheiro de 2,5m². Aquisição de equipamentos, como 2 balanças (uma grande para a pesagem dos resíduos, e uma pequena para a pesagem de alimentos), prateleiras, mesa para escritório, computadores, impressora, uma cozinha completa (fogão, armários, geladeira), acessórios para cozinha, uma pia de cozinha, bebedouro, mesas e cadeiras para reuniões e insumos de escritório. Também é necessário dispor de recursos financeiros para produção e lastreamento da moeda social, além da aquisição de alimentos para o Mercado Solidario.
Resultados Alcançados
O Banco Verde Vida está atuando na região da Bacia do Rio Aribiri há anos, com a participação ativa da comunidade. Muitos moradores afirmam que depois do projeto, puderam guardar dinheiro em uma poupança, ou investir em melhorias da sua casa. Esse trabalho propicia à comunidade qualidade de vida pelo seu próprio trabalho, sem assistencialismo, fortalecendo o trabalho em equipe e a sustentabilidade do meio-ambiente, assim como incentivo para as próximas gerações. Durante esses seis anos, o trabalho na Troca Solidária do Banco Verde Vida trouxe grandes melhorias na região. Juntamente com a comunidade, retiramos do meio ambiente no ano de 2016 um total de 73 toneladas de resíduos recicláveis e 10.800 litros de óleo residual de fritura. Em relação aos atendimentos no Supermercado Solidário, somamos 1.800 famílias atendidas neste período, com o total de 7,5 toneladas de alimentos trocados pela comunidade. Com a execução desse projeto, pretendemos aumentar o número de toneladas retiradas do meio-ambiente, assim como mais pessoas atendidas e participantes ativas no Banco Comunitário Verde Vida.
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