Resumo
A TS mobiliza, sensibiliza e articula organizações dos três setores para produzirem de forma coletiva soluções, conhecimento e debates sobre a gestão responsável deste resíduo, além de promover e apoiar a logística reversa de banners.
Os banners descartados são transformados em matéria prima para produção de bolsas, pastas e crachás, entre outros produtos. Espera-se que a matéria prima seja utilizada por cooperativas, projetos sociais de geração de renda, artistas, escolas, etc para produção de produtos diversos.
Como exemplo citamos o Projeto EcobolsaBrasil que utiliza a matéria prima para desenvolvimento de produtos eventos sustentáveis.
Problema Solucionado
Um único evento pode usar milhares de metros quadrados de banners que depois são descartados pois foram planejados para aquela única ocasião!
Ocorre que o banner é um material de difícil descarte devido às grandes dimensões em que geralmente é usado, ao peso e principalmente por não se enquadrar nos padrões de coleta seletiva nos municípios, uma vez que não é papel, nem plástico puro, nem metal.
Muitas empresas ao descartarem seus banners temem pela exposição incorreta de suas marcas e imagens de pessoas estampados nesses materiais, motivo pelo qual esses materiais ficam anos e anos guardados em estoques improvisados para não serem descartados indevidamente.
Ao reutilizar os banners para produção de novos materiais para eventos, o IEBB sistematizou uma tecnologia social de produção em grande escala que respeita e preserva as marcas e imagens dos banners por meio de um olhar atento desde a seleção até o corte dos materiais, tendo desenvolvido tecnologia de intervenção gráfica que descaracteriza as logomarcas e as imagens de pessoas.
Descrição
O processo de comercialização de EcoBolsas pelo Instituto Ecobolsa Brasil, ao longo de 11 anos, resultou no incremento da rede da instituição por, aproximadamente, 300 organizações que descartam e compram produtos de banners. Estas organizações percebem no IEBB uma das únicas alternativa para a solução do descarte do resíduo de forma responsável e segura. Foi assim que o IEEB decidiu promover a articulação da REDE DE LOGÍSTICA REVERSA DE BANNERS.
Alguns pilares compõem esta tecnologia:
1. Mobilização de novas organizações para compor a rede.
2. Gestão da informação sobre o descarte de banners, produção de matéria prima, produção e venda de produtos de banner.
3. Desenvolvimento de comunicação de conteúdo relacionado sobre gestão de resíduos, logística reversa e geração de renda “social” com os membros da REDE.
4. Desenvolvimento e implementação de um sistema de registro de dados e monitoramento das atividades da REDE.
5. Promoção de mecanismos de articulação entre membros da rede, por meio de mobilização encontros e eventos.
A demanda crescente por soluções inovadoras de descarte e reutilização de resíduos sólidos posicionam esta tecnologia social como uma proposta viável para o desenvolvimento destas soluções. Replicar REDES de debates e construção de conhecimento sobre gestão de resíduos sólidos pode ser uma forma interessante de resolvermos impactos ambientais produzidos cotidianamente em centros urbanos e, também, fomentar o consumo consciente.
Recursos Necessários
1 - LOCAL ADEQUADO para acolhimento e estocagem dos banners recebidos e que possibilite abertura dos banners para seleção, limpeza e corte.
2- PESSOAS TREINADAS para o acolhimento dos materiais, com olhar critico para as marcas, logos e imagens que possam ser mostradas ou ocultadas por meio de intervenção gráfica. a separação das partes dos banners durante o corte é imprescindível para a proteção das marcas e imagens para uma correta reutilização do banner, respeitando as condições de cada doador;
3 - SITE para disseminação da REDE, informações aos usuários e contato direto com os doadores.
4 - VEICULO ADEQUADO PARA CARGA - para suporte à coleta dos banners e logística de produção.
5. – SISTEMA DE MONITORAMENTO DA REDE DE LOGÍSTICA REVERSA DO BANNER.
6. ESCRITÓRIO.
Resultados Alcançados
Desde o início do projeto 2.000 organizações descartaram, aproximadamente, 35.000m², dos quais 21.000m² foram reutilizados para a produção de, aproximadamente, 42.000 unidades de ecobolsas, pastas, crachás, entre outros. Do total de organizações, 300 atuaram no processo de logística reversa. Cerca de 140 mulheres foram treinadas e, destas, 36 famílias foram beneficiadas com geração de renda. Atualmente, 20 mulheres permanecem no projeto, atuando como costureiras e assistentes de produção. O incremento de renda destas mulheres é de R$500,00 por mês, aproximadamente.
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