Problema Solucionado
Faltam sistemas agrícolas sustentáveis e passíveis de utilização pelos agricultores familiares no aproveitamento de áreas abandonadas pela agricultura no Litoral do Paraná, consequência da remoção da cobertura primária e do uso inadequado do solo mediante a prática da agricultura de subsistência. A prática desse tipo de agricultura favorece o êxodo rural e a exploração extrativista predatória dos parcos recursos disponíveis na Mata Atlântica, sendo a juçara uma das espécies que sofre o impacto desse tipo de atividade. O cultivo da pupunha torna-se ótima alternativa para produção de palmito, pois pode ser produzido em plantios organizados e com vantagem competitiva, devido à possibilidade de cortes sucessivos e ao não escurecimento rápido após o corte, facilitando a produção e o processamento. Além destas características, é oferecida nova oportunidade de negócios aos produtores e empresários ligados à produção de palmito, pois a sociedade consumidora está se conscientizando sobre a necessidade de adquirir produtos agroalimentares de boa qualidade, origem conhecida e explorados dentro dos princípios de sustentabilidade.
Descrição
O Sistema de Produção de Pupunha para Palmito na Agricultura Familiar desenvolvido pela Embrapa Florestas e parceiros tem como como alternativa diversificar e melhorar a renda do produtor rural. Este Sistema compreende as seguintes etapas: escolha de áreas adequadas (solo adequados); produção de mudas; espaçamento (5.000 plantas/hectare em 2 X 1 metro); plantio; calagem e adubação; controle de plantas daninhas; controle de pragas e doenças; colheita e manejo da touceira. A Pupunha apresenta características diferenciadas como a não oxidação do palmito, tornando-o adequado para venda in natura, e a planta forma touceira, perenizando a sua exploração. O palmito pode ser comercializado para agroindústrias ou in natura diretamente ao consumidor. O primeiro corte pode ser feito aos 18 meses de idade, chegando a produzir 900 g por perfilho por colheita. Foram desenvolvidos, também, solução filmogênica para revestimento comestível do palmito de pupunha e embalagem para comercialização do palmito minimamente processado, aumentando a sua vida útil de 10 para 22 dias, além de novos produtos derivados dos resíduos agro-industriais. O cultivo da pupunha torna-se ótima alternativa para produção de palmito, pois pode ser produzido em plantios organizados e com vantagem competitiva, devido à possibilidade de cortes sucessivos e ao não escurecimento rápido após o corte, facilitando a produção e o processamento. Além destas características, é oferecida nova oportunidade de negócios aos produtores, pois a sociedade consumidora está se conscientizando sobre a necessidade de adquirir produtos agroalimentares de boa qualidade, origem conhecida e explorados dentro dos princípios de sustentabilidade. Os custos médios de implantação foram, em média, de R$ 12.929,00 por hectare, e os custos de manutenção, de R$ 2.349,00/ha/ano. Os maiores custos são aquisição de mudas (59,9% do custo total), seguido por gastos com mão de obra e fertilizantes químicos (21,8% e 12,4%, respectivamente). Em média, a relação benefício/custo (B/C) demonstra que os investimentos nesta cultura seriam viáveis economicamente a partir do terceiro ano, apresentando o índice de relação B/C médio por hectare de 1,20. O melhor desempenho se dá no quinto ano, com relação B/C aproximada de 1,55.
Recursos Necessários
Para instalação de um módulo de plantio de um hectare (10.000 m2) são necessários 5.000 plantas no espaçamento de 2 X 1 metro. Além disso, são necessários as etapas de produção de mudas, implantação, manejo do plantio e colheita. Em 5.000 mil plantas/ha, produzem-se, em média, 2.500 hastes de palmito/ha no segundo ano e, após o terceiro ano, a produção se estabiliza entre 3,5 mil a 4,5 mil hastes/ha/ano.
Resultados Alcançados
A pupunha representou uma importante alternativa agroecológica para diversificar e melhorar a fonte de renda do produtor rural do Litoral do Paraná, considerando: a) a não oxidação do palmito, torna a pupunheira adequada para venda in natura, e a formação de perfilhamento, formando touceira, pereniza a sua exploração. No mercado municipal em Curitiba-PR e em alguns supermercados, assim como em cidades do litoral já se comercializa o palmito in natura da pupunheira. Enquanto o produtor vende o palmito na própria área de produção ao agroindustrial ao preço médio de R$2,11/cabeça de palmito, com a pupunha in natura este preço pode chegar a R$10,00/cabeça de palmito na venda direta ao consumidor; b) precocidade e capacidade perfilhamento (brotação) a idade de corte é de 18 meses, enquanto a juçara é a partir de 7 anos) e alta produtividade (chega a produzir 900 g por perfilho por colheita).
Os principais resultados do projeto se referem à utilização da pupunha na alimentação, na forma de derivados dos frutos e dos resíduos agroindustriais. Também foram geradas importantes informações de aperfeiçoamento do sistema de produção da pupunha, com relação à detecção e controle de doenças, zoneamento agroclimático e sistematização de dados do agronegócio da pupunha. Foram gerados diversos processos/práticas agropecuários de impacto para o sistema de produção da pupunha. Foram desenvolvidos, também, solução filmogênica para revestimento comestível do palmito de pupunha e embalagem para comercialização do palmito minimamente processado, aumentando a sua vida útil de 10 para 22 dias, além de novos produtos derivados dos resíduos agro-industriais.
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