Problema Solucionado
Durante a criação do projeto foi identificado que os principais problema na comunidades litorâneas de pescadores eram:.
1) Queda na produção e na produtividade (atividades tradicionais);
2) Recursos pesqueiros sobre-explotados, degradação ambiental;
3) Desagregação das unidades de produção, ? baixo associativismo, organização, empreendedorismo e cooperação;
4) Estagnação tecnológica;
5) Descapitalização,? falta de investimentos, infra-estrutura, condições de trabalho;
6) Conflito da pesca com outras atividades e com outros segmentos do setor;
7) Baixo índice de desenvolvimento humano e social. Para ajudar as comunidades do projeto em relação ao itens acima foram desenvolvidas atividades e ferramentas para o setor como: 1. Aplicativo e cursos de capacitação em gestão financeira, administrativa e produtiva dos barcos; 2. Aplicativo e cursos de capacitação em segurança na navegação e novas técnica sustentáveis de pesca; 3. Aplicativo de comercialização (abertura do mercado local) gerando oportunidade de trabalho e renda para homens, mulheres e jovens; 4. Aplicativo de monitoramento a distância das atividades e parâmetros físico-químicos e microbiológico da água.
Descrição
1) Empoderar as comunidades locais por meio da realização do planejamento participativo em Santa Cruz Cabrália para construção do projeto Pescando com Redes 3G e criação do Comitê de Acompanhamento Local, para fins de monitoramento das atividades realizadas durante a execução do projeto e futuras parcerias: desde o momento da concepção do documento do projeto e durante sua execução, o envolvimento dos beneficiários e dos parceiros foi devidamente assegurado nas reuniões participativas do CAO - Comitê de Acompanhamento Operacional, no qual participam representantes da comunidade local e do Comitê Gestor, composto por representantes das instituições financiadoras (Qualcomm e Fundação Telefonica/Vivo); institucionais (USAID e Prefeitura de Cabrália) e implementadora (IABS). Além destes, o próprio governo da Bahia, de Alagoas, Ministério da Pesca e Turismo e o BID já procuraram os parceiros para saber mais sobre o projeto;
2) Introduzir a tecnologia 3G como suporte às atividades dos pescadores locais, por meio de aplicativos, equipamentos de navegação e comunicação, melhorando, assim, a segurança na navegação e as condições de trabalho: pode-se dizer que o ponto alto e o principal objetivo do Projeto foi o desenvolvimento de aplicativos para a nova atividade da maricultura e para a pesca, tendo com foco o comércio justo (comercialização), geração de desenvolvimento econômico, social e ambiental e promoção da inclusão tecnológica no setor pesqueiro. O sistema desenvolvido integra aplicativos móveis instalados em smartphones e tablets conectados através da rede HSDPA (High-Speed Downlink Packet Access) - 3G com o sistema WEB. Para desenvolvimento dos aplicativos realizou-se oficinas participativas com a comunidades pesqueiras locais, a fim de diagnosticar as principais necessidades e discutir suas resoluções através dos aplicativos. As funções dos aplicativos são: apoio a segurança de navegação, gestão financeira (barcos e loja virtual), estatística pesqueira, controle da produção (ostras e peixe), monitoramento da água, loja online (eliminando o atravessador), suporte técnico a distância e muito mais;
3) Propor atividades alternativas como instrumento de redução de pressão sobre as espécies sobre-explotadas e ampliação da renda familiar: outro grande ponto forte do projeto foi o desenvolvimento de atividades onde o foco foi a geração de renda através de novas oportunidades como: pesca sustentável do pote de polvo; instalação de unidade demonstrativa de cultivo de ostras e capacitações teóricas e práticas em ostreicultura e o curso a distância de formação técnica em aquicultura e pesca em parceria com o IFPR (Instituto Federal do Paraná) e MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura);
4) Melhorar as estruturas locais de beneficiamento e comercialização, a fim de agregar valor aos produtos e organizar a cadeia produtiva local: usando uma estrutura (unidade de beneficiamento de pescado na comunidade de Coroa Vermelha) que na época estava fechada, o projeto fez doações de equipamentos como freezers, computadores, moto e outros, capacitou os pescadores em como beneficiar o pescado, capacitou a diretoria da associação na área de gestão administrativa e financeira, investiu em capital de giro para a compra de pescado e abriu o mercado local através da atividade de inserção produtiva onde pescadores e estabelecimentos fecharam parcerias para a compra do produto direto da associação pelo portal online do projeto citado no item 2 acima;
5) Realizar ações em prol da educação, saúde e conscientização ambiental, por meio da inclusão tecnológica da população local: com a criação do telecentro "casa do pescador" a comunidade pesqueira através da colônia (associação) dos pescadores recebeu vários cursos como os de: gestão ambiental, informática, higiene e boas práticas de pescado, cooperativismo, associativismo, gestão administrativa, comercialização, aquicultura, pesca, GPS e outros.
Recursos Necessários
1. COLÔNIA DOS PESCADORES Z-51 e TELE-CENTRO “CASA DO PESCADOR” - 19 computadores com modems ligados a rede 3G; 18 cabines duplas para os computadores; 1 tela e 1 datashow; sistema de antena e receptor para curso a distância; sistema de som interno; sistema de ventilação; 25 cadeiras; 1 armário para arquivo da colônia; 1 mesa redonda; 1 mesa tipo escrivaninha; sistema de alarme e sistema de controle e monitoramento dos computadores (Lan house).
2. ASSOCIAÇÃO DOS PESCADORES INDÍGENAS PATAXÓS DE COROA VERMELHA - Equipagem de 3 embarcações com antenas e tablets; 2 computadores e 2 modems com acesso a tecnologia 3G; 2 Freezers, materiais diversos para pesca (espinhel, anzol, linha, e outros), materiais diversos para limpeza (mangueira, faca, avental, bota, luva e outros), materiais diversos para o cultivo de ostras (Telas, canos, braçadeiras, folhas de PVC, linhas e ostras), 200 potes de plástico para pesca sustentável do polvo e 1 moto.
3.GRUPO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO PESCA ARTESANAL de GUAIÚ e ASSOCIAÇÃO DOS PESCADORES DE SANTO ANTÔNIO - Equipagem de 2 embarcações com antenas e tablets, materiais diversos para o cultivo de ostras (Telas, canos, braçadeiras, folhas de PVC, linhas ostras) 200 potes de plástico para pesca sustentável do polvo.
4. PESCADORES DE SANTA CRUZ CABRÁLIA E PORTO SEGURO - Equipagem de 10 embarcações com antenas e tablets e 600 potes de plástico para pesca sustentável do polvo.
Resultados Alcançados
Resultados quantitativos alcançados pelo projeto entre 01.11.2010 à 31.01.2013 (primeira e segunda fase) são:
1) Geração total de R$ 171.355,57 em receitas (vendas e estoque) em 15 meses de atividades (Out2011 ?- Jan2013) na unidade de beneficiamento de Coroa Vermelha (média de R$ 11.423,70 por mês); 2) Geração total de R$ 29.264,66 em receita para associação dos pescadores de Coroa Vermelha;
3) 54 novos empregos gerados pela unidade de beneficiamento de Coroa Vermelha: a. Geração de R$ 53.938,41 para 32 pescadores; b. Geração de R$ 5.322,01 para 23 limpadores de peixe; c. mais de 1.500 pessoas beneficiadas indiretamente com a venda de pescado mais barato na comunidade pela unidade de beneficiamento; 4) 2.638 vendas realizadas em 15 meses (média de 176 ordens por mês): a. 305 vendas diretas realizadas para estabelecimentos cadastrados num total de R$ 51.312,14 (38% das vendas totais. Média de R$ 168,23 por ordem); b. 2.333 vendas diretas realizadas para comunidade num total de R$ 85.656,18 (62% das vendas totais. Média de R$ 36,71 por ordem); 5) Produzido 19.113 quilos de peixes em 15 meses (média de 1.274 por mês); 6) Produzido R$ 119.824,19 de peixes em 15 meses (média de R$ 7.988,27 por mês); 7) 19 tipos de peixes diferentes comercializados; 8) 177 viagens registradas no sistema (68 em 2011, 101 em 2012 e 8 em 2013); 9) 29 barcos registrados no projeto, mas 14 atuando no projeto (aproximadamente 60 pescadores); 10) 13 cursos realizados (maricultura, gestão ambiental, higiene e boas práticas, cooperativismo, associativismo, gestão administrativa, comercialização, aquicultura, pesca, GPS e outros); 11) 486 pessoas participaram diretamente dos cursos; 12) 949 pessoas participaram indiretamente nas atividades do projeto na primeira e segunda fase; 13) 162 estabelecimentos cadastrados como parceiros do projeto; 14) 2.223 ostras comercializadas em 13 semanas ? (Dez12 a Fev 13 - média de 171 ostras por semana); 15) Geração de R$ 2.820,00 em receita com as vendas das ostras; 16) 11 famílias beneficiadas com R$ 256,00 reais para trabalhar 4 dias por semana (venda das ostras). Com relação aos resultados intangíveis, pode-se observar que o projeto aumentou a auto-estima da comunidade, fortaleceu a articulação de ações coletivas com o resgate da identidade do pescador, promoveu laços entre grupos de mulheres (marisqueiras), aumentou o interesse em aprendizagens e esforços para realizá-los e fortaleceu a conscientização e educação ambiental.
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