Objetivo
Assegurar o acesso universal à internet por meio das Redes Comunitárias, com foco em comunidades infoexcluídas, visando promover o acesso equitativo e significativo à internet, contribuir para o empoderamento local, o desenvolvimento territorial e a melhoria da qualidade de vida
comunidades infoexcluídas, buscando promover um acesso equitativo e significativo à internet para contribuir com o empoderamento local, o desenvolvimento territorial e a melhoria da qualidade de vida.
* Objetivos específicos:
Promover a apropriação tecnológica pela comunidade, desenvolvendo habilidades e letramento digital por meio de processos de formação continuada.
Capacitar as comunidades na criação, gestão e manutenção de redes comunitárias, assim como no desenvolvimento e oferta de serviços digitais relevantes localmente.
Implementar redes comunitárias economicamente viáveis para fornecer acesso significativo à internet de alta qualidade para as comunidades.
Engajar comunidades em debates de interesse coletivo no setor de telecomunicações e políticas de inclusão digital.
Contribuir para a elaboração e execução de políticas públicas de inclusão digital, apoiando iniciativas comunitárias.
Problema Solucionado
Não há discriminação no projeto, porém, se mobiliza a instalação de provedores comunitários em comunidades info-excluídas de forma que se tenha maior valor agregado ao uso das TICs, visto que tais localidades enfrentam outros problemas de caráter social. O projeto em primeira instância permite o acesso a internet, facilitando a vida dos usuários no acesso a serviços eletrônicos, educação, cultura e estímulo na organização política das comunidades. Como o provedor comunitário é organizado por uma associação local, o projeto estimula ainda o processo associativista, fortalecendo as bases sociais do local. Como o serviço demanda qualificação e prestação de serviços para manutenção das TICs, o projeto amplia o processo de geração de renda e qualificação em conhecimentos de base técnica/tecnológica, gerando renda extra para os colaboradores do provedor local. Por fim, através das redes comunitárias as universidades passam a cumprir parte de sua função social disponibilizando conteúdos via EaD e ampliando o processo educacional dos usuários do projeto. Em troca as universidades passam a ter acesso a dados primários, vitais para o desenvolvimento de pesquisas.
Descrição
Os provedores comunitários operam através de entidades sem fins lucrativos, mas captam recursos privados para garantir sua autossustentabilidade. Os associados, parceiros e patrocinadores usufruem dos benefícios dados, ou seja, ver o retorno do investimento feito aos projetos, não só pelo acesso de melhor qualidade e menor custo à internet, como também obter incentivos fiscais, aplicação em marketing social e serem reconhecidos pela sociedade e governos como empresas de responsabilidade social.
Os provedores comunitários se mantém mediante a criação de clubes de benefícios, taxa de associados, cooperativas de trabalhos, oferta de espaço de marketing (Sites, TVs e Rádios on line) e a disponibilização de cursos em EaD ou presenciais, com conteúdos educacionais, profissionalizantes e de geração de renda.
As metas do projeto são:
- acesso aos portais de transparência e dados abertos dos governos locais, seguindo o exemplo do Governo Federal/CGU (Controladoria Geral da União - http://www.portaltransparencia.gov.br/ e http://beta.dados.gov.br/), fornecendo ferramenta indispensável para o controle social das cidades;
- interação e poder de decisão em assuntos da comunidade perante o Poder Público;
- colaboração em massa, incentivando a disseminação do conhecimento entre seus usuários;
- estímulo a parcerias que agreguem desenvolvimento de empreendimentos populares e/ou solidários, aumentando a produtividade e a redução de custos de produtos e serviços;
- aquecimento de mercado e aumento da qualidade de serviços e produtos “concorrentes” dos oferecidos pelo projeto;
- criação de cooperativas de trabalhos, dentro das comunidades, para atender a demanda de serviços para empresas e geração de emprego e renda extra para a população;
- metodologia de ensino a distância (EaD) para a população, com conteúdo desenvolvido dentro de universidades e outras entidades de ensino que sejam parceiras do projeto;
- desenvolvimento de cursos de capacitação e treinamento específicos de empresas da região, ampliando as oportunidades de emprego e melhor qualidade de vida ao trabalhador;
O Instituto Bem Estar Brasil se compromete a dar todo o apoio logístico, administrativo e técnico nas fases iniciais, juntamente com parceria da UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro). Esta ação permitirá a criação de um ambiente propício para a formação de monitores e profissionais que irão fazer a manutenção dos provedores comunitários, permitindo, assim, que o serviço fique estável e autossustentável.
O voluntariado será estimulado através de comodatos de micros, kit de acesso, internet banda larga e cursos de capacitação através das universidades e de nossos parceiros (é sempre necessário verificar a disponibilidade antes de cadastrar os voluntários).
Recursos Necessários
Um provedor comunitário pode existir dentro de qualquer tamanho orçamentário, visto que é a sua metodologia que difere de um provedor comercial.
De início um provedor comunitário pode começar com os seguintes materiais:
1 ANTENAS DIRECIONAIS 30 DBI UN 2 R$600,00
2 ROCKET M5 UN 2 R$300,00
3 ANTENA OMNI 13 DBI UN 1 R$285,00
4 ROUTER BOARDS RB433AH UN 1 R$334,00
5 CABO COM 2 METROS RG213+CONECTORES/PC 1 R$44,00
6 CAIXA HERMETICA UN 1 R$85,00
7 POE UN 1 R$22,00
8 CARTÕES DE RÁDIO ENGENIUS 600mW/UN 1 R$142,00
Total :R$ 2.712,00
Os itens 1 e 2 só serão usados se o link de internet não estiver no mesmo ponto de distribuição. Ex. O link está no ponto A e a distribuição no ponto B.
Esta infra consegue levar um enlace de até 80 mbps (full duplex) a 50 km de distância e consegue distribuir para as comunidades até 5 mega full duplex para os usuários locais. O link deve ser rateado entre os usuários ou buscar patrocinadores.
Resultados Alcançados
O projeto contempla hoje 400 famílias com acesso a internet.
Das 7 comunidades, 3 conseguiram ampliar o processo associativista de suas entidades.
Estas mesmas 3 comunidades já se encontram em processo de expansão do projeto (torres e links).
As comunidades são: Marrecas, Tocos, Goytacazes, Bairro da Lapa, Bairro do Matadouro, Mato Escuro e Mussurepe.
2 comunidades, eventualmente, criam abaixo assinados para resoluções de problemas locais, mobilizando as suas respectivas comunidades em rede.
1 Comunidade já tem seu próprio telecentro e utilizam o espaço para cursos diversos, presenciais e via EaD.
2 Comunidades estão em processo de captação de micros para montagem de telecentros.
Durante 2 anos foram fornecidos capacitação e estímulo para gestão técnica dos provedores, ocasionando em voluntariado e empreendedorismo, gerando 4 técnicos comunitários que atuam até hoje no projeto como MEIs.
O projeto se encontra em estudo de viabilidade no MCTI e MinC para adequação como politica de governo, ampliando as ações de outras politicas públicas como CVTs, CRCs, Pontos de Cultura e Tecentros.
Devido a este projeto conseguimos provocar a Anatel a criar nova resolução, que será votada em junho/2013 para garantir que provedores comunitário possam cobrar diretamente pelo acesso e com a utilização de quaisquer tecnologias, visto que hoje a resolução atual só permite o uso de wifi (2.4 e 5.8 Ghz).
Em debate sobre cidades digitais com o MiniCom, estamos viabilizando os provedores comunitários como um dos pontos de sustentabilidade do programa, criando um novo modelo de provimento de acesso a internet com foco no interesse público e social.
Público atendido
Adolescentes
Agricultores Familiares
Alunos do Ensino Fundamental
Alunos do Ensino Médio
Assentados Rurais
Famílias de Baixa Renda
Jovens
Lideranças Comunitárias
População em Geral
Povos Tradicionais
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