Problema Solucionado
- Grande dificuldade na geração de renda de agricultores familiares;
- Desmatamento, degradação e infertilidade do solo;
- Uso de agrotóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas por agricultores familiares;
- Falta de capacitação técnica em agroecologia;
- Desconexão entre agricultores e consumidores;
- Baixa oferta de alimentos orgânicos;
- Soberania e segurança alimentar das comunidades rurais e urbanas.
Descrição
A Aliança Social – (AS) é uma Tecnologia Social criada para integrar e mobilizar a comunidade rural e urbana para a construção de uma economia associativa, conciliando produção agroecológica e consumo responsável.
A Tecnologia Social acontece em três etapas: A primeira é a capacitação dos produtores, levando os princípios e técnicas da Agroecologia, através de um curso de formação, incentivando e aumentando a produção de alimentos orgânicos. Com esses encontros forma-se uma rede onde é possível identificar recursos, habilidades potenciais e demandas das comunidades com: criar associações que promovam o engajamento social e o desenvolvimento de competências, saúde comunitária e sustentabilidade; realização de projetos pessoais e coletivos; fortalecimento das tradições culturais; promoção do protagonismo urbano e rural; estabeleça critérios de relacionamentos, reciprocidades, acessos, sistemas e estratégias que fortalecem a solidariedade e a eficiência comunitária.
A segunda etapa é a organização e acompanhamento dos produtores, visando garantir qualidade, quantidade, diversidade e constância na produção.
A terceira e última etapa é a mobilização dos consumidores, incentivando-os a participar da cadeia agroecológica, unindo na Aliança Social, produtores e consumidores.
Recursos Necessários
A TS necessita de poucos recursos porque, geralmente, há ativos disponíveis nas comunidades. Os materiais e profissionais variam, dependendo do objetivo proposto.
No caso de Rio do Antônio, por hectare de agroecologia implantada, todos os produtores recebem um investimento por família ao ano, contemplando as necessidades do solo, da família e dos serviços, atendendo 100% de suas necessidades.
Adicionando gestão, distribuição e acompanhamento técnico, tem-se o custo total anual do projeto. Este total é rateado por 12 meses e pelo número de aliados consumidores, chegando a um valor mensal para a produção e que atenda a qualidade de vida dessa família, com dignidade sem comprometer o orçamento.
Resultados Alcançados
Em 1998 a Aliança Social ajudou a fundar a associação ADAO – Associação para o desenvolvimento da Agropecuária Orgânica – com sede em Fortaleza/CE. O projeto tinha como objetivo principal a capacitação de produtores para o manejo agroecológico biodinâmico, promover a certificação orgânica destes produtores e fazer a ponte entre produtores e consumidores através da entrega de cestas.
- Em 2010, foi construído, com recursos próprios, um galpão sede para uma futura microusina de produção de alimentos derivados da cana de açúcar e produção de álcool combustível em substituição à cachaça;
- Foi realizado o primeiro encontro cultural do Sementes de Liberdade (SL) que mobilizou de agosto de 2010 até abril de 2011, mais de 1.500 pessoas entre crianças, jovens, adultos e idosos, criando uma rede virtuosa de conhecimentos e relacionamentos. Cooperação e solidariedade estão sendo semeadas entre 14 comunidades envolvidas, além de dois dos municípios de Caculé;
- Prêmio INOVASUS 2015 – Gestão da Educação na Saúde – “Curso de Agroecologia Biodinâmica e Permacultural - Formação de Horta Comunitária na USF Giserlando Biondi em Jequié-Bahia” Este trabalho tratou de temas como: hábitos alimentares, higiene, promoção de saúde e prevenção de doenças, uso de fitoterápicos, participação no SUS, soberania alimentar, combate a desnutrição com a fabricação de multimistura, entre outros muitos temas.
- Em 2016 o NEPA realizou em Juiz de Fora – MG o primeiro curso de Manejo Básico Agroecológico Biodinâmico,em parceria com EMATER, MOGICO (Associação Monte de Gente Interessada em Cultivo Orgânico) e NEA Mantiqueira. Foram 7 meses de trabalho, mais de 80 pessoas envolvidas, dentre eles técnicos da EMATER, agricultores familiares e consumidores. O impacto positivo deste trabalho se desdobrou em um novo ciclo de curso em 2017 e 2018 com a temática: “Agroecologia Biodinâmica – produção de alimentos em Sistemas Agroflorestais”.
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