Problema Solucionado
O Turismo de Base Comunitária – TBC - é um programa do Governo Federal que visa apoiar ações de populações tradicionais, identificando os desafios e as potencialidades de contribuir para a diversificação da oferta turística brasileira associada ao desenvolvimento local com a geração de trabalho e renda.
A premissa que orienta o TBC em Guarujá tem como base o Plano Nacional de Turismo 2007-2010: Uma viagem de inclusão, quanto à proposição estratégica de associar crescimento de mercado à distribuição de renda e à redução das desigualdades regionais e sociais. Isto requer a busca de soluções inteligentes que integrem as dimensões sociais, econômicas, políticas e ambientais.
As atividades turísticas, desde que desenvolvidas de maneira planejada, representam uma possibilidade concreta deste equacionamento. Porém, cabe sempre destacar que, para que atividades turísticas sejam realizadas em áreas protegidas é necessário compatibilizar tais atividades com o objetivo primordial de uma Unidade de Conservação: a preservação dos recursos naturais, dos ecossistemas, das espécies neles inseridas e da paisagem. Isto é, deve abranger a dimensão social em sinergia com a proteção e educação.
Descrição
As soluções adotadas nas comunidades são:
1. Comunidade Prainha Branca: Conscientização e treinamento adequado das reais possibilidades. Apoio institucional à geração de renda e atração turística, culminando na publicação de uma lei municipal que reconhesse o trabalho do monitor local.
2. Sítio Cachoeira: Conscientização e treinamento adicional aos monitores locais e inserção do município na Rota Internacional de Observação de Aves. Apoio institucional à geração de renda e atração turística.
3. Comunidade do Jardim Progresso: Conscientização e treinamento da população sobre a importânca da preservação ambiental do local para garantir a preservação da espécie da fauna silvestre e promover a convivência pacífica com os moradores. Visando a transformação do local em atrativo turístico.
4. Comunidade Santa Cruz dos Navegantes: Inserção do TBC na gestão da Fortaleza da Barra Grande promovendo a inclusão social e atendendo aos princípios da Unesco para a conservação dos patrimônios culturais de valor histórico.
Recursos Necessários
1. Uniformes e equipamentos padronizados para o público atendido nas comunidades: mochila, equipamentos de pronto-socorro, guias de campo de aves, mamíferos, répteis e anuros, quatro máquinas fotográficas e quatro binóculos (para cada comunidade),
2. Material didático para as oficinas pedagógicas com as crianças;
3. Um barco de alumínio de 5 metros com motor de 15 HP para pesquisas;
4. Um veículo Kombi para o transporte dos membros da Comunidade e para auxiliar no escoamento dos produtos e divulgação nas feiras;
5. Uma tenda inflável para divulgação.
Resultados Alcançados
Os resultados alcançados são:
1. Comunidade Prainha Branca: a) Foram formados 30 Monitores Locais com a metodologia da Resolução SMA 32/98, sendo um deles Deficiente Visual. b) Envolveu 12 instituições públicas, três instituições não governamentais, uma agência de ecoturismo e duas empresas de consultoria ambiental e três universidades. c) O público abrangeu 150 pessoas entre alunos, voluntários, coordenadores e professores. d) Capacitou seis agentes multiplicadores. e) Publicação da Lei Municipal 3.885/2011, que versa sobre a obrigatoriedade da presença do Monitor Local de ecoturismo nas áreas naturais protegidas de Guarujá, f) Criação de uma trilha sensorial.
2. Comunidade Sítio Cachoeira: O treinamento capacitou 15 monitores ambientais. Envolveu as instituições públicas: Prefeitura Municipal de Guarujá, ONG Gremar, Projeto Albatroz e Grupo de Birdwatchers de Guarujá, Instituto Litoral Verde (Gestor da RPPN Tijucopava), Grupo de Monitores Ambientais da Prainha Branca e Associação de Pesca Artesanal do Canal de Bertioga.
3. Jardim Progresso: Formados 87 Monitores Mirins Locais. Envolveu uma instituição pública: Prefeitura Municipal de Guarujá (Secretaria de Governo, Secretaria de Turismo e Secretaria de Educação), uma instituição não governamental - ONG Gremar - e um Grupo Escoteiro.
4. Santa Cruz dos Navegantes. Foram treinados nove monitores da comunidade para atuarem no Forte. Dois deles prestam serviços remunerados, os demais não foram absorvidos oficialmente. No espaço da cantina comunitária, seis mulheres ligadas ao Grupo Sonhos e Sabores são beneficiadas. Já a Padaria Comunitária (também convidada inicialmente) não manifestou interesse na gestão compartilhada do espaço. Quanto aos artesãos, as peças expostas permanecem no local com venda esporádica conforme o perfil do turista. A segurança do local é realizada através de uma empresa terceirizada, mas os vigilantes são moradores da comunidade local.
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