Problema Solucionado
A realidade das comunidades ribeirinhas é totalmente diferente das comunidades tradicionais de centros urbanos, devido a questões geográficas e a ausência de políticas públicas que garantam que as regiões mais remotas do Estado do Amazonas, tenham serviços básicos e de assistência. Deste modo, resultando um descaso com a população local, o resultado disso são os altos índices de doenças infecciosas como diarreias, ausência de assistência as gestantes e acompanhamento das crianças ao longo do seu desenvolvimento.
Descrição
A primeira etapa é realizar um articulação com o município onde se deseja desenvolver o Programa de Primeira Infância. Depois disso, é realizado uma apresentação do projeto e se inicia o processo de construção de uma parceria com o município. O envolvimento das secretarias de saúde, educação e assistência social é fundamental, pois precisamos compreender melhor os dados locais e as demandas existentes, somente depois disso estabelecemos algumas diretrizes, metas e metodologia para o desenvolvimento do projeto.
Em suma a articulação e parceria com o município é fundamental para a existência do projeto e desenvolvimento das atividades. Além disso, precisamos dialogar com os agentes de saúde, pois sem o envolvimento e engajamento dos mesmos não conseguiríamos garantir a existência e o desenvolvimento do projeto.
A segunda etapa é a formação dos agentes comunitários de saúde que é composta de duas fases: a primeira consiste na capacitação dos agentes comunitários de saúde, o curso de formação tem uma carga de 140 horas. Na segunda fase dessa formação trabalhamos questões mais teóricas como apresentação dos direitos da criança, aleitamento materno, caderneta de saúde da criança, dentre outros temas relacionados relacionadas a saúde da criança e da gestante. Para aprimorar esse processo a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) desenvolveu um Guia de Visitação Domiciliar, para orientar os agentes durante as visitas domiciliares. Este Guia é composto por 93 temas, que podem ser trabalhados conforme a realidade local, deste modo os agentes desenvolvem habilidades para trabalhar questões ligadas ao inicio da gestação até a criança completar 6 anos de idade.
A fim de aprimorar e melhorar os serviços dos ACS, conseguimos consolidar todas as nossas demandas de informação em um aplicativo do PIR. Assim, o Guia de Visita Domiciliar e os formulários para a mensuração de indicadores para o acompanhamento da evolução do projeto são instados nos tablets fornecidos pelos municípios. Porém, existe uma limitação no Estado do Amazonas ao acesso a comunicação por meio da internet em muitos locais, por este motivo não conseguimos ter uma atualização em tempo real dessas informações,que são repassadas aos servidores da FAS quando os ACS tem acesso a internet nos municípios.
A terceira etapa é a supervisão, inspeção e acompanhamento do trabalho realizado pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) essa verificação é realizada pela equipe da FAS, onde uma um representante da instituição realiza uma visita de campo nas comunidades onde o projeto esta acontecendo, podendo as vezes contar também com a participação da equipe técnica da saúde do município. .Este tipo de acompanhamento torna mais eficaz as supervisões em campo com finalidade de acompanhar o trabalho desenvolvido pelos ACS detectando pontos que podem ser melhorados, bem como o impacto do projeto através dos relatos das famílias e lideranças comunitárias. Além disso, os ACS também devem participar de visitas em outras comunidades, juntamente com a equipe técnica de supervisão fazendo um intercâmbio e trocando experiências que poderão auxiliar sua prática profissional.
A ultima etapa consiste na certificação dos ACS, porém mesmo após a finalização da formação as atividades do projeto continuam acontecendo, para garantir que esse processo não se acabe a FAS estabeleceu um acordo com o município para o repasse mensal dos dados as visitas, gerando assim indicadores para o acompanhamento continuo.
Recursos Necessários
O primeiro passo é a aceitação e participação do município envolvido, pois o mesmo estará ofertando a principal mão de obra do projeto os agentes de saúde. O município além de contribuir disponibilizando os profissionais citados, realiza o pagamento desses servidores municipais e FAS em contrapartida disponibiliza toda a logística para viabilizar a participação dos agentes de saúde, além de arcar com as despesas de alimentação durante o período de formação, e também com os recursos necessários para execução dos agentes (1 Fita métrica inelástica, 2 Termômetro digital, 3 Balança digital e 4 Estojo completo de pressão arterial).
Além dos materiais hospitalares, precisamos dos seguintes materiais para a implementação da tecnologia:
Grampeador;
Carga para grampeador (cx);
Clipe (cx);
Pastas com elástico fina (plástico);
Canetas azul;
Corretivos;
Lápis com borracha;
Apontadores;
Borracha;
Organizadores plástico kit ACS;
Tesouras;
Calculadoras;
Pranchetas;
Cartolinas (Cores diversas);
Jogo de pincéis atômico grosso;
Jogo. de tinta guache;
Giz de cera;
Lápis de cor;
Resma de papel ofício;
Fitas durex transparente;
Fitas durex coloridas fina AZUL;
Fitas durex coloridas fina AMARELO;
Fitas durex coloridas fina VERDE;
Fitas durex coloridas fina VERMELHO;
Emborrachados AZUL;
Emborrachados AMARELO;
Emborrachados VERDE;
Emborrachados VERMELHO;
Barbantes;
Cola;
Caderno de 01 matéria;
Quebra-cabeça 4/6/9 peças;
Pct de balão nº 9 colorido.
R$600.000,00 Lembrando que a Amazônia tem muitas limitações logistas, que encarece o transporte de pessoas e de matérias.
Resultados Alcançados
Entre os resultados alcançados pelo projeto, podemos destacar que o projeto PIR subsidiou a criação de uma política pública de Primeira Infância no Estado do Amazonas resultando na lei número 4.312 de 11 de março de 2016. O PIR contribui com as ferramentas para que essa política seja de fato inclusiva, e possa chegar a todas as crianças do Estado, independente de onde elas moram. O Amazonas é o primeiro estado da região Norte e segundo do país a possuir uma política específica para o desenvolvimento integral da criança, da gestação aos seis anos.
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