Problema Solucionado
O CPCD sempre trabalhou seus projetos como processos de permanente apreensão, compreensão e devolução. Uma das maiores dificuldades era em relação aos “indicadores de avaliação” dos projetos. Este problema (que aflige e compromete o trabalho de ONGs e da maioria dos projetos sociais e de intervenção comunitária), passou a ser um desafio permanentemente. Entre as muitas questões formuladas, destacamos algumas: se entre os objetivos específicos de nossos projetos apareciam “desenvolvimento de autoestima”, “socialização”, “aprendizagem lúdica”, “alegria”, como podíamos medir (mensurar ou aferir) concretamente o alcance (ou não) destes objetivos? Se houve aumento ou diminuição da autoestima? O grau e a qualidade de socialização alcançada? Não havia indicadores para medir os “objetivos intangíveis”. Por outro lado, havia (e ainda há) por parte das agências financiadoras uma crítica à falta de critérios palpáveis e tangíveis nos projetos sociais. E para se defender, a maioria das ONGs se escondia no discurso dos “objetivos intangíveis” dos projetos sociais. Encaramos de frente este desafio e começamos a construir nossos próprios indicadores e plano de trabalho e avaliação.
Descrição
O conceito de qualidade praticado pelo CPCD passou a ser formado pela somatória e interação de 12 indicadores que se completam, mas podem ser observados e mensurados individualmente. A partir desta matriz, elaboramos uma série de perguntas. A ideia é formular tantas perguntas quantas sejam necessárias para levar o participante (educador, criança, jovem e pais) a perceber nas atividades do projeto a presença (qualitativa) e o grau da presença (quantitativa) do índice. Após responder a essa bateria de questões sobre cada índice, o participante dá uma nota (de zero a dez) para cada quesito.
Recursos Necessários
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Resultados Alcançados
Para garantir ação-reflexão-ação o CPCD utiliza, desde 1984, como instrumento de avaliação e monitoramento permanentes, as memórias de campo, base dos relatórios técnicos e relatórios fotográficos realizados trimestralmente. A partir de 1995 incorporamos os Planos de Trabalho e Avaliação-PTAs, concebidos pela própria equipe para monitoramento sistemático dos objetivos pretendidos e dos resultados alcançados. O IQP é realizado em cada um de nossos projetos, tomando uma amostragem equitativa e representativa dos participantes – educadores, pais e crianças e jovens, considerando inclusive a questão de gênero. O IQP se transformou em eficiente tecnologia social, pois nos possibilita, a partir da leitura e análise dos indicadores de avaliação, contextualizá-los e percebê-los como estão sendo introjetados e metabolizados no fazer e saber-fazer dos nossos educadores, possibilitando-lhes um novo olhar sobre a própria prática.
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