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Vamos falar sobre autismo?

06 de abril de 2020
por Assessoria de Imprensa - FBB


“Hoje consigo andar com ele na rua.”

“Fomos a uma festa de aniversário e conseguiu ficar e brincar.”

“Ele me chamou de mamãe.”

“A escola elogiou o comportamento do meu filho.”

Para a maioria das famílias, elogios como esses são corriqueiros. No entanto, para os pais que têm filhos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), ouvir essas simples frases significam muito. Afinal, representam que aos poucos com a ajuda de profissionais especializados, os pequenos estão vencendo as dificuldades de comunicação e socialização, características que estão ligadas a esse distúrbio.

No Centro de Autismo Dona Meca (CDA), que fica em Taquara, bairro da região de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, depoimentos como esses emocionam, já que muitas famílias chegam desamparadas com as crianças ainda no colo, em busca de uma cura ou, até mesmo, com crianças maiores procurando por uma solução para comportamentos inadequados.

“O CDA oferece acolhimento a essa família - através do grupo de pais e das orientações terapêuticas -, buscando mostrar as potencialidades do autista e a melhor maneira de proceder para obter respostas funcionais de interação entre o autista e sua família”, explica a fonoaudióloga Raquel Maria Gomes Andrade que atua no local.

A iniciativa

O CDA nasceu em 2013, a partir de uma necessidade dos terapeutas da instituição filantrópica Obra Social Dona Meca de oferecer um trabalho diferenciado e transdisciplinar, baseado nas questões e necessidades sensoriais de cada indivíduo atendido. Questões sensoriais essas que tornavam difícil a intervenção terapêutica tradicional.

Por isso, o principal objetivo da metodologia é oferecer conhecimento e ferramentas para que as crianças/adolescentes com o auxílio de suas famílias conquistem a integração sensorial e aumentem a independência e comunicação funcional.

Entre as atividades oferecidas no CDA destacam-se a fonoaudiologia, psicomotricidade, terapia ocupacional e psicologia (grupos de pais). Em média são atendidas nove crianças por ano, pois cada profissional dedica-se individualmente à criança, mostrando e aprimorando assim as habilidades de comunicação entre ela e a família.

Dessa forma, elas são reavaliadas a cada seis meses, que é quando os terapeutas indicam permanência ou alta para as terapias tradicionais realizadas na própria instituição. O tempo de permanência está diretamente ligado ao alcance dos objetivos.

Conscientização

Em celebração ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, Raquel deixa sua mensagem: “Leiam, estudem e compreendam. Quando entendemos o outro, a necessidade do outro e conseguimos nos adaptar a ele e oferecer as adaptações que o outro precisa, nos tornamos mais humanos. O autismo não mata, mas o preconceito e o descaso destroem famílias e geram fracassos. Juntos, escola, terapia, família e sociedade, podemos ampliar as capacidades da pessoa com autismo e torná-los funcionais e produtivos. O amor e a informação são sempre o melhor caminho!”.

Desafios 

Reconhecido como tecnologia social pelo Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, em 2017, o CDA não está em pleno funcionamento e trabalha em formato adaptado, desde o seu último patrocínio em 2018.

Por isso, para contribuir diretamente com a Obra Social Dona Meca (OSDM), acesse: https://osdm.org.br/projetos/centro-de-autismo/


Matéria publicada no Portal da FBB em 02/04/2020

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