Prohvida - Habilitando Crianças E Adolescentes Para A Vida

Objetivo

Contribuir para que Crianças e Adolescentes sejam melhor protegidas pelas famílias, escola e comunidades e consigam desenvolver seu pleno potencial na comunidade onde vivem.

Problema Solucionado

A proteção integral e a prioridade absoluta da garantia dos direitos das crianças e adolescentes tem sido um grande desafio nos municípios baianos de Cansanção, Quijingue e Tucano. Embora suas crianças e adolescentes tenham acesso a condições básicas de sobrevivência, com os inegáveis avanços decorrentes das ações e políticas de combate à extrema pobreza e à fome no país, elas permanecem em situação de extrema vulnerabilidade, sujeitas a diversas violações de seus direitos e com poucas oportunidades para quebrar o ciclo de pobreza e exclusão social em que se encontram. Nesse sentido implementamos o PROHVIDA uma tecnologia social capaz de ir às raízes do problema, principalmente, em relação às dificuldades de acesso a uma educação de qualidade, ao capital sociocultural e econômico das famílias e a falta de outras oportunidades de desenvolvimento integral das crianças e adolescentes. A tecnologia aborda os diversos os fatores e motivos pelos quais as crianças e adolescentes não têm acesso à educação de qualidade e às políticas públicas. Para tal, foi criado um percurso de “habilidades para a vida”, visando ajudar esse público, como o Grupo de Ação Comunitária. Trabalhando as capacidades das famílias para a auto-proteção de crianças e adolescentes, conseguimos aumentar a participação dos pais e da comunidade e governo local para cumprir seu papel no cuidado, educação, proteção e desenvolvimento de suas crianças, além de democratizar o conhecimento e acesso a espaços públicos, educacionais e políticos. O resultado final foi ter criado oportunidades de acesso às crianças e adolescentes para mudar sua realidade e desenvolver uma rede de pleno potencial para a garantia dos direitos e acesso melhor à educação.

Descrição

O PROHVIDA busca trabalhar crianças e adolescentes para proteção pelas famílias, escola e comunidade. No programa são destacadas as diversas situações e relações que ocorrem na sua vida social, educacional, política, econômica das crianças e adolescentes de 04 comunidades rurais: Deixaí (Cansanção); Cajueiro e Novo Horizonte (Tucano) e Macetê (Quijingue). Para o desenvolvimento da metodologia foi construído um “percurso” que envolve a articulação de parcerias; o desenvolvimento das redes de proteção; o aumento e fortalecimento de capacidades das famílias para proteção integral e o apoio a uma educação que abranja as esferas políticas, sociais, culturais, econômicas e educacionais da comunidade. Nessa consolidação são trabalhadas as “habilidades para a vida” das crianças e adolescentes cuja que visam democratizar o conhecimento para mudar a realidade que são: o autoconhecimento, o relacionamento interpessoal, empatia, lidar com os sentimentos, lidar com o estresse, comunicação eficaz, pensamento crítico, pensamento criativo, tomada de decisão e resolução de problemas. Um passo importante do processo transformador do PROHVIDA é a participação ativa das pessoas no “Desenvolvimento Comunitário”. Isto porque a metodologia aplicada permite fazer como que as pessoas passem por um processo de empoderamento pelo qual elas se tornam protagonista de seu desenvolvimento baseado em uma estrutura organizacional participativa nas comunidades, aumento do capital humano e social da pessoa, capacidade produtiva e qualidade de vida, sem degradar os recursos ambientais. Assim, é possível romper com relações de submissão e abuso de poder, sobretudo para uma educação melhor, onde vários processos correm ao mesmo tempo, mas interagindo e com intensidades diferentes. No processo, o diálogo passa a ser uma ferramenta para que o mundo dos envolvidos consigam influenciar e moldar a realidade local a partir de políticas públicas mais eficazes. O PROVIDA possui 10 linhas de ação desenvolvidas e/ou aplicadas em interação constante com as crianças e adolescentes, bem como a comunidade e apropriadas por elas e que visam envolver o coletivo para que todos participem do processo social e possam modificam continuamente seu teor conforme suas necessidades. Em relação às 10 linhas informamos: 1. Fortalecimento da economia familiar; 2. Segurança alimentar, saúde e nutrição; 3. Acesso à água para consumo humano e para produção; 4. Crianças e jovens ativos nas esferas política, social, cultural e econômica da sociedade; 5. Redução das desigualdades de gênero e empoderamento das comunidades tradicionais; 6. Assistência técnica, capacitação e educação para todos; 7. Desenvolvimento comunitário e municipal; 8. Cuidados com o meio ambiente; 9. Desenvolvimento da produção; 10. Enfrentamento a Violência No percurso do PROHVIDA são realizadas atividades-chaves de engajamento e de contribuições ao bem coletivo como um caminho capaz de gerar uma coesão política e cultural interna na comunidade. Nesse contexto, destaca-se a realização da “Tarde de Bem-Estar” e a constituição do GCAP (Grupo Comunitário de Acompanhamento do Projeto), grupo formado por representantes comunitários, famílias, crianças e adolescentes. Essas engrenagens possibilitam desenvolver um ambiente favorável para a promoção e garantia do pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes nas comunidades. No PROHVIDA podemos destacar 03 fases estratégicas, que são: FASE 1: Articulação e desenvolvimento FASE2: Aumento da capacidade das famílias para melhor cumprir seu papel no cuidado, educação, proteção e desenvolvimento das crianças e adolescentes FASE 3: Fortalecimento e autoproteção A proposta do PROHVIDA visa identificar e mapear os problemas nas comunidades e, muitas vezes, trabalhar a “desnaturalização” de seus problemas. Na Fase 1, por exemplo, é o momento onde se é discutido os temas relacionados à educação atual e educação para o futuro, saúde e saneamento e, também, o autoconhecimento (nível comunitário). Na FASE 2, são promovidas ações formativas, encontros avaliativos, eventos comunitários e reuniões de planejamento para aumento da capacidade pelas famílias. Na FASE 3, as crianças e adolescentes atuam com sucesso na comunidade; tem reforço escolar disponibilizado e a política de proteção mais fortalecida. Para que essas iniciativas aconteçam são realizadas campanhas para maior participação das crianças e adolescentes em representatividade (Advocacy); encorajamento dos grupos coletivos; reuniões nas instâncias do poder executivo e legislativo; reuniões com pais e cuidadores; reuniões com associações de moradores; conselhos locais e com escolas e professores e instalação do GCAP. O resultado é que os temas podem ser abordados nas diferentes instituições sociais e comunitárias das comunidades possibilitando a comunicação entre essas instâncias, trabalho coletivo e troca de experiências.

Recursos Necessários

- Custo Operacional para logística (gasolina, manutenção veículos, equipamentos como computador, data show, câmera fotográfica); - Alimentação e hospedagem para encontros e oficinas; - Equipamentos (computador, data show, câmera fotográfica, celular); - Custos com materiais pedagógicos para realização das atividades; - Custos com passagens para participação em reuniões

Resultados Alcançados

300 crianças e adolescentes mais seguras e protegidas no meio familiar, escolas e comunidade; Plano Comunitário de Enfrentamento a Violência (PCEV) desenvolvido junto as comunidades em 2019 em parceria com a CNBB; 300 crianças, adolescentes e jovens mais críticos diante de suas realidades e engajados para transformá-la; 50% dos pais e /ou cuidadores(as) afirmam que as relações com seus filhos melhoraram; 01 Plano Comunitário de Proteção às crianças e adolescentes elaborado nas comunidades por iniciativa das crianças, adolescentes e jovens. 80% dos pais e/ou cuidadores(as) afirmam que estão educando sem gritar e bater em seus filhos; 60 crianças e adolescentes originários das comunidades, no final de 2021 afirmam serem conhecedoras das necessidades das comunidades e dos seus direitos.

Público atendido

Adolescentes
Crianças
Famílias de baixa renda
Professores do ensino fundamental
Profissionais da saude
Mulheres