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Projeto sociocultural mostra que cinema é para todos

15 de abril de 2020
por Assessoria de Imprensa - FBB


Luz, câmera e ação! Esta é a premissa do Cinema Nosso, metodologia que nasceu no Rio de Janeiro com a formalização de um projeto político pedagógico que prima pela educação na prática. Por meio de ferramentas que possibilitam um ensino libertador, a partir das premissas do educador Paulo Freire, o projeto amplia o repertório cultural e senso crítico de crianças e jovens através do audiovisual e das novas tecnologias.

O Cinema Nosso foi fundado em 2000, a partir da seleção de elenco para o filme Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, e sua relação com a comunidade e periferia, estimulando a formação e produção para o cinema e implementação de outras ferramentas tecnológicas para o desenvolvimento de narrativas.

Desde então, ao longo dessa trajetória, a iniciativa expandiu e se tornou referência em formação audiovisual para jovens no Rio de Janeiro e também na América Latina, com participação em eventos e palestras em universidades e festivais de filmes em diversos países do mundo.

Reconhecimento

Certificada no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2019, a metodologia possui resultados expressivos. Formou aproximadamente quatro mil jovens em cursos regulares, mais de duas mil crianças passaram pelos projetos, e no último ano teve mais de mil pessoas impactadas pelas ações. A diretora do Cinema Nosso, Mércia Britto celebra a certificação. “Para nós, é o reconhecimento de anos de trabalho gerando impacto e transformação social na vida de crianças e jovens, bem como nos capacita a buscar mais parceiros importantes para a realização dos nossos projetos”, comemora.

Formação

Entre os projetos de capacitação oferecidos estão o Anima Aqui e o Super Hacka Kids, voltados para o público infantil, desde a primeira infância até a adolescência, o Empoderamento e Cinema – Jovens Negras no Audiovisual, o Cinematik VR, formação em realidade virtual para jovens de periferia e a Produtora Escola que oferece um programa de gestão de carreiras no audiovisual para jovens que já fazem cinema, além de outros cursos e oficinas de linguagem audiovisual, animação, youtuber mirim, jogos analógicos e digitais, todos visando a ampliação do senso crítico e universo cultural por meio da tecnologia.

Em todos os projetos adotam a mesma metodologia de ensino prezando pela prática, pelo foco em narrativas e ampliação da visão de mundo, potencializando também competências e habilidades. “Alguns dos nossos alunos acabam se tornando educadores do projeto, replicando nosso método e criando seus próprios cursos e produtoras a partir do aprendizado adquirido”, destaca Mércia Britto. As produções feitas pelo Cinema Nosso podem ser conferidas neste canal do Youtube.

Cursos da iniciativa foram aplicados em escolas públicas de Paraty, Rio de Janeiro, no semiárido nordestino na Paraíba e na Floresta Amazônica em Juruena, no Mato Grosso.

Metodologia

Ao longo de 20 anos de existência, o Cinema Nosso construiu um sistema reconhecido de formação em audiovisual. Nos últimos anos, desde a elaboração de mais atividades e projetos focados em tecnologia, foi iniciada implementação da metodologia Steam (Science, Technology, Engineering, Arts e Mathematics) nos cursos oferecidos. As premissas do Steam tem como objetivo produzir uma metodologia integrada e que forma pessoas com valores, conhecimentos e habilidades para os desafios do futuro. Se baseia nas seguintes ações: investigar, descobrir, conectar, criar e refletir.

“No campo do audiovisual e novas tecnologias, empregamos a Steam no processo de aprendizagem do curso, através das temáticas trabalhadas, bem como da própria apreensão sobre linguagem e narrativas audiovisuais. Esta metodologia também prevê sempre o pensamento sobre solução de problemas, criando propostas e protótipos”, explica a diretora.

Ao final dos cursos, os filmes produzidos são baseados em temáticas acerca de problemáticas sociais. “Podemos dizer que a base da metodologia são três premissas: o ensino na prática, o movimento Steam, o qual prevemos sempre fazer a conexão com uma problemática social ou com Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para criar protótipos ou produtos audiovisuais e tecnológicos, e também os parâmetros da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, detalha Mércia.

Mês da Educação

Neste mês, a Fundação BB está realizando uma série de matérias e conteúdos em suas redes sociais para falar da importância da educação. A ação tem a parceria do Canal Futura e do Instituto Ayrton Senna. Acompanhe nossos canais e fique por dentro dos nossos conteúdos!

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Matéria publicada no Portal do Gife em 13.04.2020

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