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O programa socioambiental Replantando Vida, da Cedae, teve um ano de reconhecimento na edição 2024

2025-02-03 14:35:40
por O Globo Online

O programa socioambiental Replantando Vida, da Cedae, teve um ano de reconhecimento em 2024. Com 23 anos de existência, a iniciativa foi agraciada com o Selo Prosegh, da Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro; a Certificação de Tecnologia Social, da Fundação Banco do Brasil; o Prêmio ESG, do Grupo Tribuna; e o Prêmio Eco 2024, concedido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham). O projeto une ressocialização e preservação ambiental, com pessoas em cumprimento de pena nos regimes fechado, aberto, semiaberto e liberdade condicional atuando no ciclo de atividades da companhia (tratamento de água, confecção de uniformes, jardinagem, administração e operação).

O segundo episódio da segunda temporada da série “Caminhos da Água”, apresentada pela Cedae, em parceria com O GLOBO, disponível no YouTube do jornal, se debruça justamente sobre o projeto.



- Ter um meio ambiente equilibrado e preservado é fundamental para produzir água com a qualidade necessária. E inserir a ressocialização nesse contexto é muito positivo. A partir desse convívio no projeto e com a progressão da pena, essas pessoas se reintegram na sociedade com um novo ofício - avalia Aguinaldo Ballon, diretor-presidente da Cedae.

O projeto acumula 33 prêmios de responsabilidade social e sustentabilidade.

- O trabalho de reflorestamento pode ser feito de diversas formas, mas a Cedae entendeu que era importante ter o componente social - conta o engenheiro florestal Alan Abreu.

Atualmente cerca de 500 apenados estão empregados, recebendo salário mínimo, transporte, auxílio-alimentação e redução de pena. Esse número faz da Cedae uma das maiores empregadoras de mão de obra prisional do país.

Almir Moura Silva, coordenador do programa, detalha:

- A mão de obra carcerária atua na coleta de sementes, na produção de mudas, no plantio das matas ciliares dos rios.

Há 15 anos no projeto, o agente de reflorestamento José Batista Filho cuida do viveiro de plantas, função que exerce com dedicação:

- Se fizermos um trabalho correto, dedicado, com amor e carinho, as portas estarão sempre abertas para a gente. Pode passar 10, 20, 30 40 anos. Eu não vou esquecer do que vivi aqui.



O episódio mostra também a Oficina de Costura Zuzu Angel, que emprega apenados atuando em costura.

- A oficina surgiu com a demanda, a necessidade dos uniformes. Eles fazem calça, camisa, coletes. E os saquinhos que usamos para fazer a doação de mudas em iniciativas de educação ambiental - diz Aylton Souza, coordenador do espaço.

Michelle Santos, que está na oficina há três anos, projeta um futuro com a habilidade adquirida:

- Sei fazer de tudo um pouco. Mas sempre apta a aprender mais. Saindo daqui, vou poder trabalhar em casa, ou ter alguma oportunidade, uma porta aberta. A gente só tem a ganhar.

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