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Live de Tecnologia Social do Inpa apresenta projeto de irrigação IrrigaPote

22 de junho de 2023
por INPA/COTES

A edição de junho da Live de Tecnologia Social, organizada pelo Projeto Rede Amazônica de Tecnologia Social do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), tem como pauta o projeto de irrigação com potes de argila em sistema agroflorestal experimental, denominado  IrrigaPote. A live será no próximo dia 30 (sexta-feira), com transmissão às 9h (horário de Manaus) pelo canal do YouTube/InpadaAmazonia.

Tecnologia IrrigaPote. Foto Daniela Pauletto /Ufopa

Com o tema “Tecnologia de irrigação com potes de argila em sistema agroflorestal experimental”, o projeto será apresentado pela professora da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) Daniela Pauletto e pela pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, Lucieta Guerreiro Martorano. A live será mediada pela coordenadora do projeto Rede Amazônica de Tecnologia Social e coordenadora de Tecnologia Social do Inpa, Denise Gutierrez.

Segundo Lucieta Martorano, coordenadora do IrrigaPote no Brasil, a tecnologia é cientificamente adaptável para cada cultura e região. Para irrigar as plantas, os potes de barro são enterrados próximos às lavouras. "A água da chuva é captada por calhas, armazenada em  reservatórios (caixas d'água) e direcionada aos potes de barro por meio de tubos conectados, permitindo aproveitar a água da chuva de forma adequada, garantindo uma colheita bem-sucedida”, explica a coordenadora.

De acordo com Gutierrez, a tecnologia é extremamente importante para tratar a escassez de água, diante dos problemas vividos por agricultores familiares. “É uma excelente alternativa com princípios e arranjos tecnológicos simples, de fácil aplicação e socialização entre as comunidades”, ressaltou.

Tecnologia IrrigaPote

A tecnologia com potes de argila permite que as plantas próximas absorvam a quantidade necessária de água para sua sobrevivência. Foto: Daniela Pauletto

O IrrigaPote é uma colaboração entre a Embrapa Amazônia Oriental, no Pará, e a Universidade de Makelle, na Etiópia. A proposta é oferecer soluções de baixo custo, sustentáveis e de fácil adoção para lidar com a seca em áreas de produção de alimentos. 

A tecnologia utiliza potes de argila, permitindo que os agricultores armazenem água nos potes. Isso possibilita que as plantas próximas possam absorver apenas a quantidade necessária para sua sobrevivência diária. 

“A instalação do equipamento envolve o uso de potes de barro sem impermeabilização, juntamente com tubos, conectores, calhas e reservatórios de água”, explica Daniela Pauletto. 

Uma diferença entre o modelo brasileiro e o africano é que, na região africana, a água flui automaticamente dos reservatórios para os potes, graças às bóias semelhantes às usadas em descargas sanitárias.

Inscrições

Para se inscrever, clique aqui.  Os inscritos com efetiva participação receberão Declaração de Participação de 2 horas. 

Sobre a Rede Amazônica de Tecnologia Social

Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Projeto Rede Amazônica de Tecnologia Social procura consolidar o sistema de inovação e o desenvolvimento social na região amazônica. 

 


Minibiografias

 Daniela Pauletto - é Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mestre em Ciências de Florestas Tropicais pelo Inpa e cursa o doutorado em Biodiversidade e Tecnologia na Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede BioNorte) pela Universidade Federal do Pará (UFPA). É professora na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) nas áreas de agrossilvicultura e incêndios florestais. 

Lucieta Guerreiro Martorano - é graduada em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), mestre em Agrometeorologia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e doutora em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, no Pará, e professora nos cursos de doutorado da Rede BioNorte e do Programa de Pós-Graduação em Sociedade Natureza e Desenvolvimento (PPG-SND) da Ufopa. Colabora como coorientadora nos Programas de Pós-Graduação da Esalq/USP, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filha (Unesp/Jaboticabal). 

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