Para contribuir com a consolidação
de um fórum regional sobre tecnologias sociais aplicadas ao contexto amazônico
voltadas à sustentabilidade e à transformação social das populações amazônicas,
a Fundação Banco do Brasil participou do 2º Encontro de Tecnologia
Social da Amazônia (II ETS-Amazônia), realizado de 24 a 27 de junho no
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). O evento teve apoio
da Fundação BB e de instituições científicas, organizações da
sociedade civil e da Associação Brasileira de Ensino, Pesquisa e Extensão
em Tecnologia Social (Abepets).
A diretora executiva de desenvolvimento social da Fundação BB,
Luciana Bagno, participou da mesa de abertura e ressaltou as iniciativas
da Fundação Banco do Brasil voltadas às populações amazônicas.
“A Fundação Banco do Brasil vai fazer 40 anos e há 24
investimos em tecnologia social. Temos um momento no Brasil em que
voltamos a ter incentivos às políticas públicas e precisamos nos unir para
construir uma política pública nacional de tecnologia social, para
levarmos isso para frente de forma sólida e consolidada. A Fundação BB vê
a tecnologia social como uma estratégia de um novo modelo de
desenvolvimento que é possível e temos exemplos de como isso funciona', afirmou
a diretora Luciana Bagno.
A tecnologia social é definida como processos, métodos ou
produtos que visam resolver problemas sociais, melhorar a qualidade de vida e
gerar transformação social para a população. São desenvolvidas em parceria com
as comunidades locais, com base no conhecimento popular, científico e
organizacional.
A diretora substituta do Inpa, Sônia Alfaia, ressaltou a importância da tecnologia
social, especialmente no contexto amazônico com as peculiaridades da
Amazônia, para, entre outros, desenvolver a agricultura familiar.
'O Inpa vem atuando em parceria com as comunidades tradicionais na Amazônia com
a proposta de integrar o conhecimento científico com o tradicional para
fortalecermos a agricultura e economia dessas populações ao mesmo tempo que se
preserva o ambiente do entorno. Com essa perspectiva que este encontro se
apresenta, como espaço estratégico para debater soluções, além de apresentar uma
oportunidade valiosa sobre as tecnologias sociais e a troca de saberes entre os
diversos atores, a sociedade e as instituições de pesquisa', disse.
O subsecretário de Ciência e Tecnologia para para a Amazônia do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Eliomar Mota da Cunha, ressaltou os
investimentos do Governo Federal em CT&I na Amazônia.
“Ano passado, o Governo Federal destinou R$ 500 mil no programa Pró-Amazônia e
os investimentos já chegaram a mais de R$ 650 milhões. Esse processo que começa
nas comunidades e se transforma em tecnologia social é de
interesse e extremamente importante para o MCTI”, disse o subsecretário.
Também participaram da mesa de abertura representantes da Abepets, do Inpa, da
Subsecretaria de C&T para a Amazônia (SCTA/MCT), da Organização Indígena da
Bacia do Içana, além do Conselho Nacional das Populações Extrativista (CNS).
Tecnologia social na Amazônia
O 2° ETS-Amazônia abriu um espaço para debater soluções e desafios sociais,
ambientais e econômicos da região, além de oferecer a oportunidade de
aprofundar o conhecimento sobre as tecnologias sociais por meio do intercâmbio
de saberes.
As nove áreas ou eixos temáticos que nortearam o Encontro desempenham papel
fundamental nas discussões, abordando diversas pautas que reforçam a
importância de iniciativas baseadas nas especificidades do território
amazônico.
São eixos temáticos do evento: Resiliência climática, dinâmicas territoriais e
práticas para inclusão social; Tecnologias de acesso à água em Terras Indígenas
na Amazônia; Tecnologia social como instrumento de promoção do
saneamento, saúde e bem-viver na Amazônia rural e Interfaces entre tecnologia
social e políticas públicas.
Também completam as áreas Tecnologia social e valorização de
saberes; Tecnologias sociais e inclusão educacional; Comunicação e ampliação do
diálogo sociedade e tecnologia social; Relevância e os desafios
da tecnologia social para o alcance dos ODS da Agenda 2030 na
Amazônia e Tecnologia social e economia solidária.
Laboratório de Tecnologia Social
O 2° ETS-Amazônia contou com visitas técnicas, um workshop de tecnologia e
sessões virtuais para apresentação de trabalho e uma Feira da
Sociobiodiversidade e Economia Solidária com exposição de produtos (alimentos,
bebidas, artes ou artesanato).
Além das mesas temáticas, foram realizadas sessões para apresentação de
trabalhos e oficinas. Entre as oficinas estava a organizada pela Fundação
BB: “Como se inscrever para o projeto Laboratório de Tecnologia
Social da Fundação Banco do Brasil”.
“O Laboratório de Tecnologia Social nasce como um ambiente
colaborativo fomentador de inovação social e de estímulo à geração de ideias e
soluções criativas. O propósito principal é desenvolver e aprimorar tecnologias
sociais e se configurar como um articulador de rede de valor compartilhado na
geração de Tecnologia Social”, explicou o assessor de tecnologias
sociais da Fundação BB, Fabrício Erick.
O Laboratório de Tecnologia Social da Fundação BB é
fruto de uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e terá inscrições
abertas na 2ª quinzena de julho.
Fundação Banco do Brasil ressalta que tecnologias sociais são estratégicas para populações Amazônica
2025-07-03 10:09:08
por Memorial News | Noticias | Portal Memorial News
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